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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Morre criança que teve braço amputado em hospital após queda

Menino tinha apenas 9 anos e quebrou os dois braços.
Familiares dizem que sofreram descaso do IJF de Fortaleza.


Um menino de 9 anos morreu nesta quarta-feira (4) em um hospital de Fortaleza (CE) depois de ter o braço amputado após sofrer uma queda e fraturar os membros. A família de Diego Rauã Silva dos Santos está inconformada. A mãe do menino, Daliete Silva, diz que houve negligência do Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF). Ele ficou seis dias internado no local.

Diego morreu após sofrer uma parada cardíaca. Na última sexta-feira (29), a criança caiu e quebrou os dois braços dentro de casa. Daliete explica que estava com o filho na cama quando ele pediu para ir ao banheiro. “Estávamos dentro do quarto vendo televisão. Assim que ele desceu da cama escutei a pancada. 'Que foi isso?', eu perguntei. Aí ele disse que tinha caído. E quando voltou para o quarto já tinha o braço quebrado”, disse a mãe.

A família procurou atendimento durante uma semana, mas segundo ela, na maior parte das vezes sofreu com "descaso". Depois da queda eles foram para o Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira, o Frotinha da Parangaba, onde Diego recebeu os primeiros atendimentos. Depois foram orientados para ir ao Hospital Instituto Doutor José Frota, onde seria realizada uma tomografia e cirurgia.

“Durante o tratamento dele, quando a gente chegou, não fomos atendidos. Foi um descaso. Quando a tomografia não identificou nada e chamei para operar meu filho, disseram para gente que o dia para operar era dia de segunda-feira e quarta-feira. E tem que estar no mapa. Meu filho tinha acabado de chegar na sexta e ele não estava no mapa. Provavelmente ele ia ser operado só na quarta-feira ou na próxima semana, na seguinte”, afirmou.

Com o passar dos dias, segundo a mãe, a dor da criança aumentava e chegou a um estado grave de saúde. “Quando ele estava no hospital e quando pedia ajuda, eles não vinham ajudar. Para falar a verdade as enfermeiras, quando entravam na sala, davam o medicamento para outras crianças e só olhavam ele quando eu chamava para ver.”

Os médicos disseram que era necessária uma amputação. “Disseram para mim que era uma bactéria. E a bactéria se espalhou. Os médicos disseram que infelizmente fizeram de tudo para salvar o braço dele. Vamos ter que amputar.”

Conduta do hospital
Em nota, o IJF informou que Diego Rauã Silva dos Santos deu entrada na emergência do hospital no dia 30 de dezembro e foi "prontamente atendido" para o tratamento de diversas lesões sofridas após uma queda.

A nota diz ainda que, durante a realização dos procedimentos, o paciente sofreu complicações que, infelizmente, evoluíram ao óbito. "As informações obtidas até o momento indicam que todas as condutas adotadas pelo hospital e seus profissionais estão de acordo os padrões de atendimento. Mesmo assim, o IJF vai apurar o caso", diz a unidade.

A Perícia Forense do Estado do Ceará, para onde o corpo foi encaminhado, emitirá o laudo com a indicação da causa da morte.

Fonte: Globo.com