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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 29 de outubro de 2016

Homem morre após levar pedrada e receber alta três vezes no RJ

Só no Hospital Miguel Couto foi constatado o traumatismo craniano.
Família pensa em processar médicos que liberaram Marcelo Silva Maia.


O que era para ser o terceiro dia no emprego de Marcelo Silva Maia se transformou em um pesadelo para sua família na quinta-feira (27), quando ele morreu após quase uma semana peregrinando por diferentes unidades de saúde. Ele havia recebido uma pedrada e sofrido um traumatismo craniano ao ser atingido dentro de um ônibus.

A família pensa em entrar na Justiça, como mostrou o RJTV, porque os médicos deram alta mais de uma vez para um paciente com traumatismo craniano.

"A gente só quer justiça, porque eu tenho a certeza absoluta que quando meu irmão chegou naquele hospital Moacyr do Carmo, se eles tivesse tido o devido cuidado com meu irmão, que uma pessoa que recebe uma pedrada na cabeça tem que ter, hoje, agora nesse momento náo não estari aqui, a irmã a esposa o irmão chorando a morte dele", disse a irmã da vítima, Priscila Maia.

Assim que Marcelo levou a pedrada, ele foi levado para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, também em Duque de Caxias. No entanto, a unidade resolveu que ele não precisava ficar internado, apenas suturou sua cabeça e o liberou. Dias depois, ele estava com o rosto inchado e foi levado para outra unidade.

"A doutora que atendeu ele lá internou ele, falou que era celulite facial, nisso que ele foi internado de manhã lá, ela diagnosticou isso e começou a dar antibiótico a ele.", disse Priscila

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Beira-Mar, Marcelo chegou a fazer uma tomografia mas, segundo os médicos, o exame não constatou nenhuma lesão. Um dia depois, na quarta-feira, outra médica da UPA mandou Marcelo pra casa, dizendo que o inchaço era causado por uma alergia aos medicamentos, e receitou um antialérgico.

Na quinta, Marcelo foi atendido no PAM de Pilar. Ele sentia ânsia de vômito. Mas lá, a médica também disse que se tratava de uma alergia., receitou um corticóide e deu oxigênio. Mais uma vez, ele foi liberado.

De madrugada a família voltou ao mesmo posto. E a mesma médica aplicou mais uma dose de remédios e novamente deu alta.

Revoltada, a família resolveu procurar o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio. "Aí ele [médico] falou: 'Seu irmão não tem uma alergia. O seu irmão está com uma rachadura no crânio e essa rachadura está infeccionada, nós vamos ter que internar ele aqui e vamos tratar essa infecção'", contou Robson da Silva Maia, irmão de Marcelo.

No Miguel Couto, os exames indicaram fratura frontal do crânio, porém sem necessidade cirúrgica. Marcelo também passou por tomografia de tórax, que indicou derrame pleural (pulmão) grave e derrame no periocárdio (coração) muito grave, além de edema na traqueia. O paciente, então, foi entubado. Exames de sangue indicaram suspeita de leucemia.

Ele foi internado na sala vermelha e recebeu todo o tratamento necessário, mas não resistiu e morreu na manhã de quinta-feira (27).

A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias disse que Marcelo chegou a fazer tomografia na UPA do Pilar, mas não explicou porque ele recebeu alta das três unidades, mesmo tendo traumatismo craniano. A Secretaria também informou que abrirá uma sindicância para apurar o atendimento dado a Marcelo.

Fonte: Globo.com