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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Erro no parto não a impediu de ser vaidosa, publicitária e agora medalhista de ouro no Rio

Considerada um dos esportes mais inclusivos dos Jogos Paralímpicos, com atletas com os mais diferentes graus de limitações físicas, a bocha rendeu a primeira medalha de ouro ao Brasil nesta segunda-feira na Rio 2016 nas duplas mistas da categoria BC3. A conquista veio com vitória sobre a Coreia do Sul, por 5 a 2, na quadra 4 da Arena Carioca 2.

Uma das responsáveis pelo feito foi Evani Calado, 26 anos, que nasceu com paralisia cerebral por falta de oxigênio na hora do parto e se tornou uma publicitária para lá de vaidosa. A bocha? Bom, ela admite que não gostou muito quando conheceu, mas também não demorou a se apaixonar.

Essa história começa quando Evani ainda estava no colégio, em São Paulo, e um professor de educação física pediu para que a aluna pesquisasse sobre o esporte que a tornaria medalhista logo em sua primeira Paralimpíada - uma informação que, obviamente, ela jamais poderia saber.

A justificativa do docente para o pedido é que não poderia dar nota para Evani, cadeirante desde a infância, sem que ela praticasse algum esporte. Para passar de ano, a jovem precisou improvisar: jogou com um cano de PVC e bolinha de tênis. "Não me interessei muito", confessa.

Em 2010, porém, as coisas mudaram. Com 20 anos, Evani havia acabado de entrar na faculdade de publicidade e reencontrou o esporte que tem como objetivo lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma bolinha branca. "Quando conheci mais a fundo, me apaixonei", recorda.

A bocha e a publicidade foram apenas algumas das formas que a atleta encontrou para não deixar que a cadeira de rodas limitasse também seus caminhos. Vaidosa, ela chegou, por exemplo, a criar um site com dicas de beleza para pessoas com deficiência, o "Looks e Makes sobre Rodas".

A iniciativa, ao lado da também cadeirante Talita Dornelas, não prosperou, por falta de tempo de ambas, mas não mudou sua preocupação com o visual. Em quadra, Evani está sempre cuidadosamente maquiada e, no Rio, a almofada de sua cadeira de rodas foi rosa.

Foi se maquiando, inclusive, que ela recebeu a notícia de sua primeira convocação para a seleção brasileira, ao lado de sua calheira Renata Santos da Silva - na BC3, os atletas têm as deficiências mais severas, e são os auxiliares quem posicionam a bola e a canaleta para o arremesso, sempre seguindo a orientação do competidor (eles, contudo, não podem se falar).

"É um laço muito forte que a gente tem. Ela precisa saber de cada movimento que quero fazer. No jogo, nem falo com ela, ela já sabe do que eu preciso", conta Evani, que conquistou a prata ao lado de Antonio Leme e Evelyn de Oliveira - dois são titulares e um reserva.

Fonte: ESPN