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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ortopedistas lançam campanha para prevenir quedas dos idosos

PORTUGAL

"Não caia nisso" é o tema de uma campanha de sensibilização que a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) lança na quarta-feira para prevenir as quedas na população idosa.

"O principal objectivo desta campanha é informar, particularmente os seniores, mas também a população em geral sobre o risco de queda e as complicações daí inerentes", nomeadamente as fracturas, disse hoje à agência Lusa o responsável pela iniciativa, Carlos Evangelista. As estimativas apontam que 30% dos idosos já caíram alguma vez e que cinco a 10% dessas quedas ocasionaram lesões graves com risco de morte, adiantou o ortopedista. Um dos objectivos da campanha é também diminuir os custos no tratamento destas fracturas que, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde, estimaram-se, em 2006, em 52 milhões de euros, só em cuidados hospitalares.

"As fracturas, particularmente nas pessoas de mais idade, são situações que trazem muita carência, muita dependência a essas pessoas e por isso nós tentamos com esta campanha alertar para pequenos problemas do dia-a-dia", explicou. Tendo em conta que "a grande maioria das quedas acontece dentro de casa", a campanha dá alguns conselhos para as prevenir, como evitar locais pouco iluminados, pavimentos molhados, retirar tapetes que possam provocar derrapagens e consequentes quedas, evitar medicação que perturbe o equilíbrio e em caso de insuficiência, melhorar a audição e a visão.

O ortopedista advertiu que "as pessoas com alguma idade que vivem sozinhas, e não só, têm que ter alguns cuidados em casa e atenção a alguns pormenores que vão evitar a queda", como não ter objetos no chão, ter uma luz de presença no quarto para quando se levanta durante a noite, andar com o telemóvel ao peito ou tomar banho sentada. Além dos problemas médicos, "as quedas apresentam custos sociais, económicos e psicológicos enormes, aumentando a dependência e a institucionalização".

"O que vai acontecer em meia dúzia de anos e já está a acontecer é os hospitais estarem cheios de doentes idosos com fracturas do colo do fémur", disse o médico, defendendo como medida para evitar esta situação a aposta na prevenção, que deve começar junto das crianças. Carlos Evangelista salientou ainda o impacto das fracturas do colo do fémur, que são "a grande problemática das quedas", no dia-a-dia das pessoas "Se a pessoa não for operada nas primeiras horas, se não tiver toda a atenção que é devida, mesmo no pós-operatório, as pessoas iniciam um processo de recusa de andar porque têm medo de cair novamente", o que leva a uma atrofia da massa óssea.

Devido a este problema, a pessoa começa a fechar-se em casa, a deixar de falar com a família e a entrar num processo de depressão que a pode levar à morte, disse Carlos Evangelista, apontando esta situação como uma das explicações para o elevado número de mortes a seguir à fractura do colo do fémur (28%). "É todo um acumular de um processo que resulta da desistência de viver", lamentou.

Esta campanha vai contar com iniciativas de sensibilização em lares de terceira idade, universidades seniores, em centros de saúde e acções de rua, com a distribuição de panfletos a alerta para esta problemática.

Fonte: www.publico.pt