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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Ferrugem em instrumentos suspende 470 cirurgias em hospital da Unicamp

De acordo com o HC, mesmo com identificação da substância, os procedimentos seguem restritos apenas às emergências

Depois de nove dias de investigação, o Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a 93 km de São Paulo, detectou que o resíduo que provocou o cancelamento de 470 cirurgias eletivas – as que são programadas – é o óxido ferroso, uma espécie de ferrugem. As manchas apareceram após o processo de esterilização por equipamentos de autoclave, que mantém o material contaminado em vapor de água em temperatura elevada.

De acordo com o HC, mesmo com identificação da substância, os procedimentos seguem restritos apenas às emergências. Apesar de afirmar que ``não existe risco de agente biológico contaminante nos instrumentais esterilizados por equipamentos de autoclave``, o hospital continua suspendendo as cirurgias eletivas para ``garantir a segurança dos pacientes``, informou a assessoria de imprensa da unidade de saúde. Ainda não há previsão para a normalização dos procedimentos. Assim que o problema estiver resolvido, as cirurgias serão reagendadas.

O desafio agora é identificar a origem do resíduo, que ainda é desconhecida. Segundo a assessoria da unidade médica, as análises dos materiais do hospital foram feitas pelo Instituto de Química da universidade e também por dois laboratórios particulares.

Em nota, a Unicamp reiterou que não houve reflexos nas áreas de urgência e emergência, uma vez que as equipes médicas podem usar materiais cirúrgicos do estoque nos procedimentos. Por enquanto, a unidade recebe auxílios do Hospital Estadual de Sumaré, que é administrado pela universidade, e do Centro Infantil Boldrini para a esterilização dos itens usados nas cirurgias.

Para tentar solucionar o problema, o hospital informou que houve análises de amostras de água e vapor que abastecem o hospital, limpeza de caixas d`água e canos de abastecimento, além da ampliação de capacidade da filtragem.

Em relação às autoclaves, a assessoria do HC disse que não foram identificadas falhas e adiantou que irá adquirir outro equipamento para retomar a realização das cirurgias eletivas.

``Com as medidas implantadas, houve uma importante redução dos resíduos. Outra medida tomada é a aquisição, em caráter de urgência, de outra autoclave com sistema de osmose reversa para produção de água ultrapura e que será instalada na próxima semana``, afirmou o comunicado.

O processo de trabalho da Central de Materiais e Esterilização assegura limpeza, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição de cerca de 30 mil itens mensais. O HC realiza em média 70 cirurgias por dia nos centros cirúrgicos geral, ambulatorial e de emergência. ``A direção do hospital não tem medido esforços em resolver a situação, para que a produção cirúrgica da instituição se normalize o mais rápido possível``, diz nota do HC.

Ainda segundo a unidade médica, o processo de trabalho da Central de Materiais e Esterilização assegura limpeza, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição de 30 mil itens mensais.

Fonte: UOL