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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 21 de junho de 2014

Britânica ganha R$ 19 mi por demora de ambulância que causou dano

Cientista `ambiciosa` sofrerá de amnésia crônica e precisará de assistência 24 horas por dia para o resto da vida

Justiça britânica obrigou o serviço de emergência de Londres a indenizar em 5 milhões de libras esterlinas (R$ 19,2 milhões) uma mulher que ficou com sequelas cerebrais sérias após esperar mais de uma hora e meia pela ambulância.

A cientista Caren Paterson, de 36 anos, desmaiou em seu apartamento no bairro de Islington em 2007. Seu namorado acionou o serviço de emergência da capital britânica (discando 999). Mas, por engano, o endereço dela, em Islington, um bairro de classe média no norte de Londres, estava incluído na lista das áreas de `alto risco` da capital.

Seguindo o procedimento padrão, os paramédicos estacionaram a ambulância a 100 metros de distância do apartamento e ficaram à espera de uma escolta policial para os levar à casa de Paterson.

Sem policiais disponíveis imediatamente para a missão, a mulher esperou cerca de cem minutos até a chegada de paramédicos. O namorado ainda ligou outras duas vezes para a emergência, mas os médicos não quiseram entrar no apartamento.

Paterson acabou tendo uma parada cardíaca minutos antes de a equipe chegar.

A cientista, que trabalhava com pesquisas genéticas no respeitado King`s College, em Londres, ficou com dano cerebral permanente, sofrerá de amnésia crônica e desorientação e precisará de assistência 24 horas por dia para o resto da vida, e nunca mais voltará a trabalhar.

``Minha filha era uma cientista bem-sucedida e cheia de ambições. É angustiante pensar que todas as suas aspirações e ambições foram tolhidas por causa desse dano cerebral``, disse a mãe de Paterson, Eleanor.

``Pensar em paramédicos esperando dentro de uma ambulância na esquina, enquanto minha filha estava desmaiada com a vida dela em risco, o que causou dano irreparável no cérebro dela, ainda é um choque. Espero que ninguém tenha de passar pelo que passamos.``

A Justiça britânica condenou o serviço de emergência de Londres a indenizar a cientista em 1,4 milhão de libras (R$ 5,4 milhões), mais pagamentos vitalícios anuais que elevarão a conta a 5 milhões de libras.

Um porta-voz do serviço expressou suas `sinceras desculpas` pelo erro e disse esperar que o dinheiro possa suprir as necessidades de Paterson agora o no futuro.

Fonte: G1