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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

"Mortícia" cai nas graças de lesionados e vira cartada final de Diego Costa

Tratamento nada ortodoxo à base de placenta equina conquistou resultados com grandes nomes do futebol. Médica vai para segunda Copa com delegação de Gana

Mariana Kovacevic é a última esperança de Diego Costa estar em campo no próximo sábado para lutar pelo primeiro título da Liga dos Campeões do Atlético de Madrid. A médica comparada à Mortícia de "Família Addams" e que fez o atacante voar até a Sérvia tem em seu currículo resultados impressionantes, diminuindo o prazo de recuperação de semanas para dias principalmente de lesões musculares. O tratamento à base de placenta equina não é nada ortodoxo e, por ser pouco difundido, ganhou um tom "milagroso". Mas como funciona?

Primeiro, à situação de Diego. O brasileiro naturalizado espanhol sofreu uma lesão muscular grau 1 na coxa direita durante o empate com o Barcelona no último sábado, o que deveria afastá-lo dos gramados por cerca de 15 dias. Neste caso, não seria problema para a disputa da Copa do Mundo com a seleção espanhola, mas tornaria quase impossível sua participação na decisão contra o Real Madrid, no Estádio da Luz.

Como há pouco tempo hábil para a recuperação, ele começou a pensar em alguma maneira de conseguir jogar. Recebeu mensagens de jogadores que lhe parabenizaram pelo título do Campeonato Espanhol conquistado no último sábado. E foi aconselhado por colegas a buscar o tratamento. Pediu a autorização dos médicos do clube, que apoiaram a ideia. Ele viajou acompanhado de Óscar Pitillas, recuperador do time principal do Atlético, e José María Villalón, chefe do corpo médico do clube, que definiria quais práticas seriam utilizadas.

Mariana atende jogadores numa clínica na capital da Sérvia. Por lá passaram nos últimos anos nomes como Robin van Persie, Frank Lampard, Vicent Kompany, Wayne Rooney (este antes de enfrentar o Bayern de Munique pelas quartas de final da Champions, em abril) e muitos jogadores do Liverpool de Rafa Benítez - o espanhol treina atualmente o Napoli. Ele explicou em entrevista na época que não havia mistério no tratamento: consistia basicamente na aplicação do líquido com o auxílio de uma máquina que cria ondas de pressão na região lesionada.

Yossi Benayoun, ex-Reds, também deu a sua versão. No caso dele, a médica optou pelo líquido de placenta de uma mulher.

- Não houve parte de animais utilizadas, nem injeções. A doutora tratou muitos jogadores e parece ser muito bem quista. Ela me explicou tudo com antecedência e me disse que estaria usando líquido de placenta que tinha vindo de uma mulher. Nada foi para o próprio músculo. Foi apenas o caso de massagear o líquido sobre a pele ao redor da área afetada. Isso significou que eu estava pronto para jogar novamente dentro de duas semanas para ajudar o time num momento importante - disse Benayoun ao "Daily Mail".

O meia sérvio Goran Lovre foi quem mais se rendeu ao tratamento. Em 2009, ele procurou a médica depois de sofrer com dores no joelho.

- Ela salvou minha temporada. Eu tive problemas com o meu joelho por dois meses, e os problemas foram ficando piores. Eu me sentia cada vez mais fraco. E temos fotos mostrando o ferimento no menisco e ligamento cruzado. Ela me tratou cinco vezes por dia por sete dias. Eu devo dizer, foi um milagre. Se você visse as fotos antes do tratamento e comparasse com as de agora, não acreditaria. Foi incrível o que ela fez. Depois de uma semana, eu estava 100%, perdi todo o medo. O que ela faz exatamente? Não é um vodu ou algo do tipo. Foi algo feito por radiação - contou Goran, também ao "Daily Mail".

Sucesso entre os atletas, Mariana foi convidada pela federação de Gana para se juntar à delegação na Copa do Mundo de 2010. O sérvio Milovan Rajevac, técnico da seleção na época, foi quem a recomendou. E deu certo. Ela conseguiu recuperar em tempo recorde o zagueiro John Mensah e o meia Kevin-Prince Boateng durante a competição na África do Sul e, como se sabe, por um pênalti desperdiçado no último minuto da prorrogação, a seleção não avançou às semifinais.

Ela foi novamente contratada pela federação para trabalhar na Copa Africana de Nações em 2012. Ajudou o atacante Asamoah Gyan a estar pronto para o torneio mesmo com a expectativa de desfalque por quatro semanas. O técnico mudou (o ex-jogador James Kwesi Appiah assumiu), mas ela voltou a integrar a delegação para o Mundial do Brasil a pedido dos jogadores.

Fonte: Globo.com