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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Médico é afastado por ironizar pacientes no Faceboook

O perfil dele na rede social foi deletado na manhã desta sexta-feira (14).

O médico Carlos Eduardo Passos, dono da empresa que presta serviços de radiologia ao Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas (a 99 km de SP), foi afastado de suas funções nesta sexta-feira (14) depois que uma denúncia mostrou o profissional usando seu perfil do Facebook para ironizar e ofender os pacientes que passavam por exames com ele. Os posts escritos pelo médico tiravam sarro do comportamento dos pacientes.

Em um deles, Passos fala de um paciente que fazia um ultrassom abdominal e que não entendeu a pergunta feita por ele: ``Seu Helio, já operou da vesícula?`` E o homem responde: ``Já operei o rim e a próstata``. Sem achar a vesícula pelo ultrasson, o médico pergunta novamente: ``Mas e a vesícula?``. E o homem: ``Ah, a vesícula já arranquei fora``.

Após reproduzir o diálogo com o homem na rede social, Passos chama o paciente de ``analfabeto funcional``. E em seguida, faz um comentário sobre o paciente. ``Uma baita barriga``.

Em outro texto, ele descreve a situação de um homem que não estava conseguindo respirar da maneira correta para o exame. E novamente, o paciente é chamado recebe o mesmo adjetivo do anterior: ``Analfabeto funcional, a gente os encontra por aí``, escreveu Passos.

O médico foi procurado pelo UOL, mas não foi encontrado. À uma emissora de TV de Campinas, ele admitiu que escreveu todos os posts, reconheceu que a conduta é imprópria, mas se defendeu dizendo que nunca usou os nomes verdadeiros dos pacientes para não ferir o Código de Ética Médica. O perfil dele na rede social foi deletado na manhã desta sexta-feira (14).

A assessoria do Hospital Municipal Ouro Verde informou que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do médico. A Prefeitura de Campinas comunicou que o setor de radiologia da unidade médica é de responsabilidade de uma terceirizada e que a empresa será substituída.

A substituição, no entanto, não será imediata para não prejudicar os exames que já estão agendados.

O Conselho Regional de Medicina em Campinas informou que abrirá uma sindicância para apurar a conduta do médico. ``Se for concluído por indícios de infração ética, é aberto um processo que culmina em julgamento``, disse a conselheira Silvia Helena Rondina Mateus.

Fonte: UOL