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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Mulher de 34 anos morre após cirurgia plástica no interior do Paraná

Procedimento foi realizado em um hospital de Nova Aurora, no oeste.
Marido afirma que paciente não teria morrido se fosse levada para a UTI.


Uma mulher de 34 anos morreu após realizar uma cirurgia em que colocou prótese de silicone nos seios e lipoaspiração no abdômen. O procedimento foi realizado na quarta-feira (11), em Nova Aurora, no oeste do Paraná, e a vítima morreu na sexta-feira (13). Ao G1, o marido Adenilson Ângelo dos Santos, de 35 anos, contou que a causa da morte foi embolia pulmonar, insuficiência respiratória e parada cardíaca.

Segundo ele, após a cirurgia, Ângela Maria de Queiroz começou a reclamar de fortes dores no peito. Na quinta-feira (12), dia seguinte à operação, a mulher acordou vomitando, além de estar com dificuldades para respirar. “Ela entrou no balão de oxigênio e daí em diante só foi piorando. Já não conseguia manter a respiração como era para manter” contou.

Com o estado de saúde grave, ela foi encaminhada por volta das 18h de quinta para fazer exames em uma clínica particular de Cascavel, também no oeste do estado. Como os resultados não apontaram a necessidade dela ser transferida para uma UTI, a paciente retornou por volta das 20h ao hospital de Nova Aurora, onde acabou morrendo às 2h da madrugada de sexta-feira (13).

O marido reclama do descaso por parte do médico que a operou e a demora por transferir a mulher para uma UTI. “O médico que fez a cirurgia foi embora. Ele a abandonou na quinta de manhã e foi embora. Se ele fica, acompanha o caso e transfere para uma UTI, ela teria se salvado”, garante.

'Mais bonita'
Com três filhos, de 2, 5 e 15 anos de idade, Santos contou que a mulher falava em fazer o procedimento há dois anos e que tinha boas recomendações do médico que a operou. “Ela ouvia comentários. A gente achava que era um médico bom, que era preparado. Ela foi umas três vezes falar com o médico e ele sempre falava que ela ia sair de lá muito mais bonita, que era para ficar sossegada”, afirmou.

Agora, Santos está com os filhos em em Formosa do Oeste, onde residem os familiares. Ele disse que está sendo difícil e que as crianças sentem a falta da mãe. “Ela era muito especial. Não só para mim, mas para toda a família. A minha mãe tinha ela como filha”, recordou emocionado.

De acordo com ele, um advogado já foi contratado pela família para processar o hospital. “Se eu tivesse poder, colocava todos na cadeia”, complementou.

Hospital fala em fatalidade
A cirurgia foi realizada no Hospital Dr. Aurélio Regazzo. Procurado pela reportagem, o advogado da unidade de saúde, Rogério Petronilho, disse que a unidade adotou todos os procedimentos e condutas que o caso da paciente demandava. Além disso, após ser constatado a gravidade na saúde, a mulher foi encaminhada a uma clínica de Cascavel e, em exames, não foi constatado que era necessário encaminhá-la a uma UTI. “Ela foi levada em uma UTI móvel até Cascavel. Ela realizou todos os exames necessários, o que apresentaram desnecessidade de internamento na UTI”, garantiu.

Sobre o médico que realizou o procedimento ter ido embora e deixado a paciente, Rogério diz se tratar de uma normalidade, já que a mulher ficou aos cuidados do restante da equipe médica, que faz o acompanhamento pós-operatório. “A paciente, em nenhum momento, ficou desassistida. Os membros da sua equipe ficam dando assistência à paciente. Então, a cirurgia transcorreu dentro da normalidade, sem nenhuma intercorrência. (...) É uma fatalidade. Uma coisa lamentável”, disse. Segundo ele, o médico já realizou mais de 3 mil cirurgias ao longo da carreira.

Fonte: Globo.com