Minha foto
Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Afinal, o que é uma doula?

*Por Giovanna Balogh

A palavra vem do grego e significa “mulher que serve”. Hoje, quando é celebrado o dia da Nossa Senhora do Bom Parto, também é comemorado no Estado de São Paulo o Dia da Doula. As doulas são as acompanhantes das mulheres antes, durante o trabalho de parto e após o nascimento do bebê. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, elas não fazem nenhum tipo de procedimento médico ou de enfermagem na parturiente.

Essas mulheres estão ali para dar suporte emocional, físico e até afetivo ao casal, principalmente, durante o trabalho de parto. São elas que ajudam a fazer massagens para aliviar as dores na contração e orientam nas posições que podem dar mais conforto para as mulheres nesta hora. Também incentivam com palavras de apoio dizendo, por exemplo, que a cada contração o bebê está mais perto de estar nos seus braços ou dando uma ajuda simples e que na hora faz muita diferença, como preparar um lanche para a futura mãe ou encher a banheira para ela entrar e aliviar as dores.

O papel delas dentro de um parto é de extrema importância já que estudos mostram redução de 20% nas taxas de cesariana. Diversos estudos mostram que a presença dessa profissional também ajuda a diminuir a necessidade de intervenções como cesarianas, fórceps, analgesia e episiotomia (corte no períneo), além de aumentar a satisfação da mulher com a experiência do parto.

Nos EUA, as doulas atuam há cerca de 30 anos, mas no Brasil o movimento começou a ganhar força nos últimos anos já que o primeiro curso para a formação delas foi criado em 2001. Apesar de não haver números oficiais, são entre 2.000 e 4.000 doulas no país. Existem as profissionais voluntárias – que normalmente atendem em hospitais públicos – e as que cobram pelo serviço. O valor pode variar bastante e normalmente é calculado de acordo com a renda da família – muitas vezes, o valor cobrado chega a ser simbólico pelo grande período que elas dedicam à parturiente.

Qualquer pessoa pode ser doula, ou seja, não precisa ser um profissional ligado à área da saúde, mas é preciso fazer um curso e se cadastrar nos hospitais antes de poder acompanhar um parto. Em São Paulo, o Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa oferece esse curso. Mas, quem tiver interesse em entrar nessa área deve saber que poderá ser acionado a qualquer hora da madrugada por uma mulher em trabalho de parto.

Nos últimos tempos, o trabalho das doulas ficou ainda mais conhecido após polêmicas tentando impedir o trabalho dessas profissionais. No ano passado, dois hospitais particulares de São Paulo chegaram a proibir a entrada dessas mulheres alegando risco de infecção, e recuaram após imensa repercussão na mídia e nas redes sociais.

Já em julho de 2012, o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) publicou uma resolução que impedia a entrada de parteiras e doulas nos partos realizados em hospitais.

A mesma publicação também proibia médicos de fazer partos em casa. Depois da grande repercussão do caso, a Justiça derrubou o veto do Cremerj.

Fonte: Folha Online