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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mãe acusa hospital de fraturar pernas do filho de 2 meses em exame

Eduardo, de 2 meses, teve fraturas nas duas pernas e está internado na Santa Casa (SP)

Uma mulher acusa a equipe do Hospital Infantil Candido Fontoura, em São Paulo, de ter provocado fraturas nas pernas de seu filho, um bebê de apenas dois meses, durante a coleta de líquor (líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal). O exame é feito para detectar doenças como a meningite.

Cybelle Petricelli, 24 anos, levou Eduardo ao hospital no último dia 30 porque o filho estava com febre. Segundo ela, a médica da criança a encaminhou ao pronto-socorro, que solicitou raio-X, exames de sangue e de líquor. No último procedimento, ela teria sido orientada pela médica e pela auxiliar a permanecer fora da sala. ``Fiquei encostada perto da porta e ouvi meu filho gritar de um jeito diferente``, contou a mãe ao UOL. ``Ouvi até a médica dizer: `calma, bebezinho`.``

Após o exame, a médica teria dito a Petricelli que haveria risco de ter que refazer a coleta, porque um vasinho havia se rompido e o líquido poderia ter sido contaminado com sangue.

Algumas horas mais tarde, a mãe percebeu que as pernas de Eduardo estavam muito inchadas. ``Meu marido procurou o médico que estava naquele horário e pediu que me filho fosse examinado``, relatou. Mas o profissional teria atribuído o inchaço às contrações musculares ocorridas durante a coleta e afirmou que não reavaliaria a criança. Só depois de muita insistência, enfatizou a mãe, a equipe decidiu fazer um raio-X, que detectou uma fratura em cada fêmur.

Como não há ortopedia no hospital, o bebê foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, onde está internado até agora, com as pernas enfaixadas. A família registrou boletim de ocorrência no 57º Distrito Policial, e houve abertura de inquérito. Segundo o advogado criminalista Ademar Gomes, que foi contratado pelos pais de Eduardo, também foi instaurado procedimento administrativo junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

Investigação

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o Hospital Infantil Cândido Fontoura esclareceu que a metodologia e a força empregadas para exame de coleta de líquor não são capazes, por si só, de provocar fraturas.

``Ao detectar inchaço nas pernas da criança durante o procedimento a equipe médica da unidade imediatamente realizou exames de imagem que constataram, além de fratura de fêmur bilateral, duas fraturas de costela, sendo uma aparentemente recente e outra já calcificada. Os médicos suspeitaram de osteogênese imperfeita, popularmente conhecida como doença dos ossos de vidro, e encaminharam o bebê para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, referência em ortopedia infantil.``

``Outra hipótese``, diz a nota, ``é de que a criança tenha sido vítima de agressão anterior ao seu atendimento na unidade``. A direção do hospital disse que determinou investigação interna do caso e que está à disposição da polícia para prestar todos os esclarecimentos necessários.

Ainda segundo o comunicado, a mãe teria acompanhado todo o procedimento para coleta de líquor, o que contradiz a versão de Cybelle.

Fonte: UOL