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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mãe descobre gravidez a 1 semana do parto após negativa de 2 médicos

Costureira Andréia Cristina, 27 anos, procurou posto e hospital municipal.
Segundo Secretaria de Saúde de Guaramirim, SC, negligência é apurada.

Andréia Cristina Schmidt, de 27 anos, moradora de Guaramirim , em Santa Catarina, estava a uma semana de completar nove meses de gravidez quando conseguiu que um médico confirmasse que teria um bebê. Dois médicos afirmaram que a costureira tinha um cisto e não poderia engravidar.

Andréia contou ao G1 que procurou o primeiro médico do Hospital Padre Mathias Maria Stein após sucessivas quedas de pressão em 2009. Segundo a costureira, ele afirmou que ela possuía um cisto e que teria que fazer uma cirurgia para remoção. Como a retirada custava, à época, cerca de R$ 5 mil (sem os exames no pré-operatório), ela entrou com pedido no SUS.

Em 2011, conta ela, sentiu enjoos e tontura, por isso, procurou um segundo médico, em um posto de saúde municipal. Desta vez, ela disse que suspeitava de uma gravidez porque sua "barriga estava se mexendo muito".

"Ele me disse que eu estava obesa e que era só praticar exercício. Por isso não desconfiei da minha barriga", relata ela, que já estava dez quilos acima do peso normal. O médico da rede pública também teria dito para ela começar a caminhar 30 minutos todos os dias.

A costureira procurou então novamente o Hospital Padre Mathias Maria Stein para ouvir uma terceira opinião, em dezembro de 2011. Ela estava então com quatro meses de gravidez. Desta vez, o médico teria pedido um raio-X, que foi feito na hora. Ao olhar o exame, relata Andréia, o médico teria afirmado que as manchas aparecendo em seu útero eram cistos enormes prestes a estourar. "Fiquei muito assustada porque ele falou que se eu não operasse com urgência, eu iria morrer."

No mês seguinte, em janeiro de 2012, o SUS autorizou que Andréia fizesse um ultrassom, requisito para a cirurgia de retirada do cisto. No dia 26 de abril, ela foi novamente ao hospital fazer o exame.

Assim que o médico olhou o vídeo, relata ela, disse que não era cisto nem obesidade, e sim, um bebê. "Logo que colocou o aparelho na minha barriga, o médico falou que estava grávida. Eu levei um susto enorme, mas logo em seguida comecei a chorar de alegria."

No dia 3 de maio, nascia Isabela Schmidt, de 3,3 quilos e 49 centímetros. Andréia, o marido, Edson Luiz Beseke, de 43 anos, e o filho Erik Luiz Beseke, de 10 anos, afirmam estar muito felizes com a nova integrante da família. "Depois do susto, choramos de alegria", conta a mãe. Sobre um terceiro filho, Andréia diz: "um casal já está de bom tamanho".

Sindicância
O G1 procurou a Secretaria de Saúde do município. Segundo a diretora de administração, Carolina Lutz, o órgão tem conhecimento do caso e abrirá sindicância logo que fizer todo o levantamento do prontuário da paciente. A costureira disse não saber o nome dos médicos que a atenderam, mas que possui os documentos referentes aos atendimentos.

"A sindicância irá nos mostrar se houve ou não negligência médica. De acordo com o resultado, os devidos procedimentos serão tomados", complementou Lutz.

Fonte: Globo.com